se estás tão certa

Falar o quê?

Se diante

Do mundo

Meu verso

É fraco

Se não a movo

Ao sol

E á sua sombra

Sou apenas água

E louça

Se o tempo

Em que me

Tenho

É vasto e escuro

E seus olhos são lâminas

Belas de infinito

Que teimo em imitar

Falar o quê

Se tens em si

O própria terra

Já delineada de palavras

De cortinas e trapaça

Falar o quê

Se a poesia é dos loucos

Dos profetas sujos

Da insanidade aceita

Se és tão certa, e a ti

Nenhum verso desperta