ETERNIDADE

Que o dia não se acabe

antes dele terminar

Que ele passe, feito nuvem,

lentamente

Que saibam os homens,

o dia viver

e as crianças brincar

Que da janela,

moças e velhos acenem

Ora, dirão os doutos,

porque vives assim o dia amar?

Não, não lhes respondem,

dirão o povo,

eles não sabem o segredo

do belo dia viver

E sobre prédios e marquises,

todos verão;

findos tempos, novos tempos

E às ruas sairão em jubilo;

o povo a cantar