nem tudo é

volto do mundo

estrupiado de tanto

viver

dei-me a estéreis

olhos e a penumbras

incaltas

deixei-me a redoma

de fumaça

peneirado do sonho

e da esperança

abro-me, então,

pobre de glória

ou alegrias

e cedo-me a prisão de

de estacas, que

enfileiradas

me tapava o sol

e fazia do escuro uma cidade-tempo

que me estrangula

e valsa,

que na rédea da pele

se fazia palco

lugar onde a vida brota

e morre

e nada, nem mesmo...

(tudo)