RELICÁRIO

Cada sílaba pulsa na palavra,

no coração da orgia transcendente

das letras na seleta de um repente,

espreitando a retina fumegante,

no murmúrio que tange a fuligem

na vertigem que corrói cada instante.

Uma a uma em um esforço coletivo

se agrupando de modo aleatório,

dá- se o caos sem nenhum objetivo,

o efêmero eterno contingente,

culminando no modo transitório,

explicando e complicando muita gente.

Valendo-se então do relicário,

faz-se o sábio senhor da sutileza,

rebuscando no findo dicionário

a infinda magia e a incerteza,

no agrupamento de letra e palavras

faz surgir na mente o discernimento

que nos faz entender toda a beleza

que abrilhanta e ornamenta o firmamento.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 02/07/2013
Código do texto: T4368395
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