Falo por mim

O meu jeito de inventar é intuitivo e espontâneo.

Fico quietinha.

Depois, tomada!

E vou tragando, dragando...

Trazendo da fonte infinita o pouco que me cabe

Na medida que me baste

A areia que cabe em mim...

Então, despejo...

Para tornar a dragar, dragar, dragar...

Os deuses me servem néctar que eu tomo

Com conhecimento e prazer.

Plena de consentimento, eu os deixo fazer...

Pois se eu não os deixar,

Vêm fantasmas em seu lugar:

Pesadelos, culpas, medos...

Ai de mim!...

Se os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz,

E uns ou outros me escolhem,

Conforme o que sei, o que estou...

Depois dessa escolha é que eu sou.

A fim de afinidades...

Ai de uma boa parte de nós,

Ai de todos nós!

Responsabilidade!...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 03/04/2007
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