Falo por mim
O meu jeito de inventar é intuitivo e espontâneo.
Fico quietinha.
Depois, tomada!
E vou tragando, dragando...
Trazendo da fonte infinita o pouco que me cabe
Na medida que me baste
A areia que cabe em mim...
Então, despejo...
Para tornar a dragar, dragar, dragar...
Os deuses me servem néctar que eu tomo
Com conhecimento e prazer.
Plena de consentimento, eu os deixo fazer...
Pois se eu não os deixar,
Vêm fantasmas em seu lugar:
Pesadelos, culpas, medos...
Ai de mim!...
Se os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz,
E uns ou outros me escolhem,
Conforme o que sei, o que estou...
Depois dessa escolha é que eu sou.
A fim de afinidades...
Ai de uma boa parte de nós,
Ai de todos nós!
Responsabilidade!...