VIDA

Carne e osso: o que temos

Vida dessa matéria fatal

Muito não entendemos

Daquilo que é vital.

Vital é invisível

Impossível?

Não!

É possível!

Basta olhar a vida

Que sempre é sentida

Nas batidas de um coração

Nos afagos de uma serena mão

Que desliza num ventre que começa

A ser um latente pulsar sem muita pressa

E ver se multiplicar as células de outra vida

Num útero onde está mergulhada toda a saída

A qualquer uma pergunta aprisionada ao nada

Que leva o homem a uma atitude desvairada

E o lança a desfiladeiros de um sofrimento

Em muitas vezes a uns tolos momentos

A extinguir tudo pelo canal da morte

Dessintonizado de toda uma sorte

Que é a vida em abundância

Contra toda a relutância

De um materialismo

Dum “achismo”

Da morada

Do nada.

Mas, o nada? Ele não existe!

O que existe é vida eternamente sentida

O espírito eternamente, da mente e uma semente

Enraizando um novo ser que cresce nesta barriga!

Poesia publicada na ANTOLOGIA DELICATTA VIII (Livro Reflexões para Bem Viver)- Editora Delicatta - São Paulo - SP - em 16 de novembro de 2013.