Caminhos Abstratos do Verbo Amar

Quebrei o espelho do tempo

Cortei com os cacos o rosto

Com o rubro sangue do desgosto

limpei o orvalho do chorar

Segui pelos estradas

obtusas da vida

A dor não dei guarida

Machuquei folhas secas de

antigas feridas

Cruzei arcos de silêncios

Nas asas lépidas do vento

no véu do infinito tempo

o coração deixei voar!

Rasguei o sudário de antigos amores

Fiz uma guirlanda de flores

Adornei uma nova paixão

engravidei a ilusão

Pus os sonhos a dançar

A tristeza histérica a gargalhar

Nos braços febris da fantasia

esperei a primavera chegar

Como uma lúbrica bacante

Desejei um orgasmo inebriante

De joelho fiquei a suplicar

o gozo do corpo a se extasiar

Com a chave da castidade

abri o jardim da felicidade

Como nos épicos poemas percorri

os caminhos abstratos do verbo amar!!!!!!!!!

06/01/2005

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 18/08/2005
Código do texto: T43563