Fúria santa
E, no peito, o grito contido.
Na boca, o não dito.
Na garganta, o nó.
Na mão, o não feito.
No pé, o não caminhado.
Mas visto que sempre é tempo
O manifesto tora-se vivo
No peito, o grito é solto
Na boca, a voz é canto
Na garganta, a esperança
Na mão, uma flor
No pé, as marcas da andança de um caminho que é novo
E que nasce da mistura bonita
De peitos, mãos, bocas, gargantas, pés e mãos
Que fizeram da indignação
Uma motivação
Para um novo país construir!