devaneios...
e nesses sopros nas veias
sonhos negros ou azuis, silentes,
espinhos vivos, brancos e vermelhos
em pétalas, tão cúmplices,
de palavras, se vestem e vertem
entre versos, nus, sem segredos
aos sinais, aos pontos, às pedras
olhos e mãos abrem-se em espelhos
andarilham sob chuvas de letras
nada ao meio, nada em chaves
um tudo escorrido sem nós, sem freios
crime e perdão sem paredes
afinal, são só, devaneios...