Do Líquido Amor

Quando os meus olhos vazios se encheram com o seu olhar,

esse medo de me arrepiar voltou a sentir arrepios...

e a beber dos seus dois rios, essa minha sede de amar...

com o coração a flutuar nas águas dos seus olhos macios.

Meus navios do pensamento deslizam sobre sua lembrança

num navegar que não se cansa...e que beija os lábios do vento

quando ele sopra (sedento) a saudade ardente e mansa;

que voa feito uma lança, atirada pelo sentimento.

Seus olhares...seus cabelos...seu corpo...seu sorriso...sua cor...

estão imersos no líquido amor qu'amando, quero bebê-los...

no dócil mergulhar (sem apelos) do sereno mergulhador

que se infiltre em seu interior, sem romper seus tenros selos...

nem afogar pesadelos...por ser um flutuante sonhador...

dos sonhos reais, navegador...desde qu'o amor possa enchê-los.

08-06-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 09/06/2013
Reeditado em 10/12/2015
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