O Terminal

Apressa o passo, com a bagagem

nem bem repara, está de passagem

no reencontro, os sabores das saudades

já nem bem se lembra, de quantas cidades

Por cortesia, dá sua mochila

e o que esperava, já não mais cochila

A lágrima desce

E fazem uma prece

Do outro lado, alguém observa:

-Onde está a minha reserva?

As pernas inquietas não deixam mentir...

Pouco adianta o sorriso fingir

A Criança, inquieta:

-Cadê a Mamãe?(para enrolá-la na coberta)

O frio assola...

O coração de quem quem chora

-Fica com Deus!(estou indo embora)

E nesse mundarel de gente...

Eles se esbarram de repente!

-Que coincidência, rapaz!

Eu também vou pro Brás

[olho pro relógio, já são seis e dez

Que horas marcavam aqueles papeis?]

Um pula a catraca com empolgação

Era o que bastava pra armar a confusão

As lojas se abrem, o dia começa

e o turista, o corredor atravessa

[e pra me entreter,

já nao basta escrever...]

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 02/06/2013
Código do texto: T4321747
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