O Terminal
Apressa o passo, com a bagagem
nem bem repara, está de passagem
no reencontro, os sabores das saudades
já nem bem se lembra, de quantas cidades
Por cortesia, dá sua mochila
e o que esperava, já não mais cochila
A lágrima desce
E fazem uma prece
Do outro lado, alguém observa:
-Onde está a minha reserva?
As pernas inquietas não deixam mentir...
Pouco adianta o sorriso fingir
A Criança, inquieta:
-Cadê a Mamãe?(para enrolá-la na coberta)
O frio assola...
O coração de quem quem chora
-Fica com Deus!(estou indo embora)
E nesse mundarel de gente...
Eles se esbarram de repente!
-Que coincidência, rapaz!
Eu também vou pro Brás
[olho pro relógio, já são seis e dez
Que horas marcavam aqueles papeis?]
Um pula a catraca com empolgação
Era o que bastava pra armar a confusão
As lojas se abrem, o dia começa
e o turista, o corredor atravessa
[e pra me entreter,
já nao basta escrever...]