Quem me dera fosse um mero drama para um sábado à noite solitário
Tanto amor me prometeu o mundo
Com uma convicção tão sincera
Que era impossível dizer um não
E como um ser fadado ao fracasso
Eu terminei em uma mera cela escura
Construído pelo escrevo que nela se prendeu
Ingênuo com um simples menino
Hesitante como um suicida arrependido
Lágrimas nada valem depois de derramadas
Lembro que com cinismo ele me contou
Necessitado como um pobre menino
Desiludido como um suicida convicto
Lembrando com pesar de nosso final
Tão cuidadosamente planejada por ti
Com desprezo me lembro desse homem
Péssimo menino e futuro suicida
Que se iludiu nas delicadas mãos da vida
E terminou como mais um corpo ao chão
O que somos afinal,
Se não filmes sem final
Definitivo, dirigido por nossas próprias mãos
Tão vacilantes e um tanto inconstantes,
Preparadas para a cada cena nos matar
Que reza para tudo muito bem terminar
Mesmo sabendo que por aqui,
Não é comum um final feliz