Quem me dera fosse um mero drama para um sábado à noite solitário

Tanto amor me prometeu o mundo

Com uma convicção tão sincera

Que era impossível dizer um não

E como um ser fadado ao fracasso

Eu terminei em uma mera cela escura

Construído pelo escrevo que nela se prendeu

Ingênuo com um simples menino

Hesitante como um suicida arrependido

Lágrimas nada valem depois de derramadas

Lembro que com cinismo ele me contou

Necessitado como um pobre menino

Desiludido como um suicida convicto

Lembrando com pesar de nosso final

Tão cuidadosamente planejada por ti

Com desprezo me lembro desse homem

Péssimo menino e futuro suicida

Que se iludiu nas delicadas mãos da vida

E terminou como mais um corpo ao chão

O que somos afinal,

Se não filmes sem final

Definitivo, dirigido por nossas próprias mãos

Tão vacilantes e um tanto inconstantes,

Preparadas para a cada cena nos matar

Que reza para tudo muito bem terminar

Mesmo sabendo que por aqui,

Não é comum um final feliz

M U
Enviado por M U em 31/05/2013
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