Do Auto-Sentimento
Esse que você imagina, não é (mesmo) o ser verdadeiro...
ele trás cor, voz, cheiro... a cara humana ou aura divina
que, sua carência mais fina, criou com a mente, primeiro...
porque trata-se de um herdeiro daquilo que mais te fascina.
Na verdade, o que sente não é presente da outra pessoa...
ela não é a origem boa que te faz sorrir, de repente...
o bom (que te faz sorridente) é algo que vibra e ecoa
se (na sua alma) soa sua íntima essência, somente.
Esse amor pelo outro ser, é algo que escorre de nós...
o outro é a grande foz do nosso coração a escorrer...
e ele só pode acontecer...só pode desaguar após
soar nossa líquida voz (que o faz, do nosso verbo, nascer)
e por nosso próprio poder, pode ser ou o bem ou o algoz
se soubermos amar (ou não) a sós o nosso próprio bem-querer.
25-05-2013