VERDE QUE TE VERSO
Me dispo e deito na grama,
penso versos bucólicos.
O rosto cai no lago,
olhos de água doce,
a natureza em amores tórridos.
Penso a raiz da escrita em
aguas verbais com sóis em delírios,
alimento das entrelinhas,
um manto que jaz
girassois e lírios.
Estufas de sonhos,
mundo aquecido dos corações.
O gelo derretido brota a flor
entre escritos e caules,
folhas e plantações.
Por isso o mundo não é cinza,
cubro-me do ainda azul que não meço.
É olhar para céu e estar tomado.
Ares poéticos do que é verde...
Ver-de-me. Ver-te-me em seus versos!