CÁLIDA NEBLINA
Não menina, não pise nesse chão quase céu. Não pise!
Não vê que está imaculado e ninguém o manchou ainda?
Tão puro o dia ficou, lá atrás naquele tapete verde
E cálida caiu a neblina que bordou a manhã de sol e lã.
Fuja, menina, leve esse seu olhar além dos montes,
Esqueça o brinquedo que ali deixou escondido e vá.
Dobre a próxima esquina, corra, menina, é tempo ainda!
Mas não pise no céu desse chão, aí já não cabem seus pés.