novas colheitas
meu riso
é minha pedra
e meu sono
é fabricado
pelos deuses olímpicos
forjado pela palavra
sou instrunto de tu
Oh, coração
de minha terra
de minha bahia
leiteira, ligeira,
carniceira
das janelas que abertas
é trigo é luz
instrumento da minha dor
que pela boca da vida
arrasta-me das ilusões;
a cada queda, um rio
que se alarga e se profunda
um novo reino de novas
colheitas