SACRIFÍCIOS VÃOS
E foram as nações pagãs perdidas
que sacrificavam em seus gélidos altares
ali derramavam, elas, muitas vidas,
para ficarem livres dos pesares.
Mas não entendiam quanta babaridade
era sacrificar o sangue humano
em prol de seus ídolos da maldade,
que ato mais vil e mais profano!
Por isso, um povo só, fora escolhido,
que em meio as suas tão amargas dores,
a um só D´us fora submetido
e a ele só cantaram os seus louvores.
O mandamento de "não matarás!"
expressamente veio em necessidade
de: (Ao teu próximo, tu amarás)
E sempre lhe dirás toda a verdade!
Portanto, redigiu os mandamentos,
os preceitos que lhes davam a distinção
por toda a ética, com discernimentos,
pedia deles um puro coração.
Depois de se despirem da escravidão,
fizeram-se escravos do D´us bendito,
que lhes impôs preceitos e a sua mão
para livrá-los do fado maldito.
Por isso quis deles o afastamento,
e proibiu-lhes daquela gente imitar,
Nisso implicava o próprio mandamento,
dos costumes deles nunca praticar.
Eles adoravam, Marduk e Semiramis,
Tamuz era o filho, deus sol dos sumérios,
e toda sorte de depravação, se diz,
até sacrificar nos cemitérios.
E passeio pelo tempo de agora
deixando o passado, projeto o futuro,
vejo que alguns ainda estão lá fora
quedados no vazio e no escuro.
Não danifiquem as franjas do meu manto,
nem deixe eu de usar filactérios,
que eu guarde sempre o sábado santo,
mesmo que eu não entenda os seus mistérios.
(YEHORAM)