Ponto de vista

Não meço tristeza

Não meço felicidade

Não comparo o incomparável

Quem tiver um pouco de insanidade

Será, talvez, mais normal

Mesmo assim não será padrão

Nossos ânimos se interpretam

Afetam os olhares

São tão pares, ímpares

Nos param, apenas

No vão da vida

Quase tudo se infere o que fere

Prefiro manter-me neutro

O laudo do tamanho das nossas cicatrizes

Não nos mostram as raízes

Nem a origem, nem o fim

Só se lembra que feriu

Magalhães da Silva
Enviado por Magalhães da Silva em 23/04/2013
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