Ponto de vista
Não meço tristeza
Não meço felicidade
Não comparo o incomparável
Quem tiver um pouco de insanidade
Será, talvez, mais normal
Mesmo assim não será padrão
Nossos ânimos se interpretam
Afetam os olhares
São tão pares, ímpares
Nos param, apenas
No vão da vida
Quase tudo se infere o que fere
Prefiro manter-me neutro
O laudo do tamanho das nossas cicatrizes
Não nos mostram as raízes
Nem a origem, nem o fim
Só se lembra que feriu