VOZ

És! O corpo como uma faca

Cortando os dedos vis da quimera.

Gengiva e língua amamentando

Contorço bailarino de uma pantera

Faminta, devora essa boca que te come.

Quadros de pinturas distorcidas

Emoldurando as vertentes dos teus feixes.

Sai feito desabrochar atrás de uma tapera

Cisne da minha agonia gélida

Donzela álveo, à luz, violinos e Vivaldi.

Yana Moura
Enviado por Yana Moura em 21/04/2013
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