o dia que se repete

na porta da minha

casa, ao sol que

me perdura o tempo.

sinto o azul da rua

O cloro da casa nua

O cisne que é pato

E o tambor rude

Que me esconde

Da eternidade

alguns passos,

sossego, deito

sobre a grama verde

abro-me o peito

e aceito o dia que repete;

e nele eu me deleito

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 19/04/2013
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