Traga-me

Traga-me de volta o sabor do amarelo e o cheiro do azul

Traga-me mais uma vez o sorriso descontraído de dentro da alma

E mostre-me o descompasso de um peito aflito e eufórico

Traz em uma brisa ou um raio, mas traz para mim

Se doer que doa, se for amargo que seja

Sacode os confins da minha alma com um turbilhão de borboletas

De tal forma que as cores percam os sentidos e qualquer análise lógica não se sustente

Conte para mim algo novo, me assombre me assuste

Me mate mil vez mas nunca me deixe morto

Me traga um copo cheio de euforia com dois dedos de conforto

Mas não me deixe confortável, nem se quer que me deite

Me mantenha em pé, mesmo que a dor seja grande

Pois precisarei dos pés no chão quando tudo isso viver

Me descontrole, me desmancha, me reinventa mas não deixe que eu me torne outro

Simplesmente faça e não me pergunte.

Abaé
Enviado por Abaé em 16/04/2013
Código do texto: T4243704
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