Do Anjo Da Morte

Ele, como sempre, sentindo saudades de mim...

e, de vez em quando, fazendo uma visitinha;

para lembrar que está me esperando (no fim)...

que devolverei essa carcaça (que não é minha).

Sei o quanto é natural, essa devolução;

e, também, das centenas de vezes que já a fiz...

mas, a matéria (cria íntima da ilusão),

sente medo ao ver que tudo está por um triz.

Ele e eu, sabemos (porém) que há uma data...

e que nenhum dos dois deve (jamais) antecipa-la...

que não é um susto o uma depressão que mata,

quando a arma do destino ainda está sem bala.

Sendo assim, minha alma sente-se (de novo) grata,

Anjo da Morte, por seu carinho em visita-la!

15-04-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 15/04/2013
Reeditado em 10/12/2015
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