Tempo
Passam os carros
Apressados, velozes
Parecem sempre atrasados
Por trás deles deve haver um propósito
Ou talvez ponteiros
Correm as pessoas
Querendo fugir de algo
Da vida escolhida
Evitam ser gente
Anda o tempo
Acompanhando os carros, as pessoas
Fica ali observando
Todo aquele alvoroço desnecessário
Deixa nas avenidas, casas
Praças, bares e bosques
Mostra para estes lugares
A velhice no rosto do tempo