Ambivalência

Em busca da resposta

Vi o fim do progresso

Na extrema angústia científica

No diário bater mudo do martelo.

Em busca da resposta

Vejo a filosofia sumir

Vitimada num imenso paradigma

Refutável anarquia em mim.

Não acho uma resposta

Quando vejo o social inexistir

O mono, o triunfo do materialista

A vingança, a rebeldia a me desnutrir.

Do que serviria minha resposta,

Quando a poesia é artificial?

Quando a fé não está no sobrenatural?

Quando a verdade é ambivalente na rede nacional?

André Gomes.