muitas facetas

A morena de que gosto

Anda ainda nesse mares

Sabe que toda noite é boa

Aos olhos da caridade

É morena assanhada

Que faz do sono um provador

Que me atravessa nas espinhas

Sem noção ou pudor

E eu a amo, pois nela

Os anjos são loucos

E as palavras são vertigens

E não, calabouços;

Ela é verbo e sede

Fome e travessura

É sexo e natureza,

E uma dama na postura;

Tem na vida o seu quadrado

Grande, imenso em claridade

Sua pele tem lamúria e sombra

Sem crise, na mesma criatura