O Calendário, O Tempo e eu.
Olho meu calendário, mais um ano começou...
Mas meus dias não iniciarão do zero,
Trago comigo as consequências dos anos passados,
Mas trago a esperança de que poderei outro rumo tomar.
Com uma distração não percebi, mas o mês já virou,
Não notei, tive noites de lua minguante, nova, crescente e cheia,
Dias de sol, dias nublado, dias de chuva,
Momentos de alegrias e também de tristezas.
Me ocupei com o trabalho, estudos e outras coisas tolas,
Quando vi, as folhas caiam no quintal,
Uma maçã colhi da árvore, era linda e atraente como o pecado,
Era o outono começando, era o verão fazendo parte do passado.
No quarto estou, cheio de livros espalhados na cama, outros no chão,
Me perco entre leituras que estão interligadas, nas entrelinhas havia inspiração,
Adormecia como criança entre as folhas envelhecidas pelo tempo,
Acordava acelerado, saia correndo para mais um dia, largava tudo pra trás, até o anjo da guarda.
Logo de dia soprava a brisa gelada, olho no calendário, é julho,
Dia cinza, inverno, era o tempo passando,
Todo dia o relógio girava, e o coração batia,
Duas máquinas que automaticamente marcavam o ritmo, apenas sobrevivia.
Quem virou a folha do meu calendário? O tempo!
Mais a frente o perfume das flores envolvia,
Era tudo colorido, era ensaio de cores, era vida,
Da primavera de flores e cheiros à minha correria.
O tempo passava, os lugares eram os mesmo,
O tempo passava, a vida era a mesma,
Um estouro, um champanhe e um feliz ano novo,
Olho meu calendário, mais um ano começou...