Teu falecimento se deu hoje
Você mora em meu cabelo e me pinta ao chão,
Cor forte de raiz, sol do meu dia escaldante.
Minha agonia.
Tempo que não tenho para tanta perda de tempo,
Do rio calmo de tuas pernas,
Fujo.
E vivo desolado de teu raio,
Curvo e denso.
Vem aparar minha totalidade de existência, minha.
Amada de pele calva, lúcida e transparente.
Faz de minha vida um louco uivando de dor.
Um vadio em busca do pão.
Traz-me a necessidade do dinheiro e da pele no toque.
Arranca meu cabelo de gritos
E me tranquiliza, pois aqui morreu a rua sem calçadas sarnentas,
Sem vida de vidas,
Sem mais