o seio

o seio que ainda tenho é o seio de

onde venho. seio agreste e encanado

que me habita nos ossos e na carne.

o seio que me traz candura, mas que me

castiga e me tritura. quando longe,

me dá saudade, e quando perto, me

tortura. é o seio que quero, é o seio que

fujo, que mesmo brilhando me parece

sujo. que não se define com certeza,

mas não existe em esfera outra beleza

que não seja a de senti-lo.