Caixa de Surpresa

Trago-te há tantos anos

Em mim encarnada

Trago-te na face dilacerada

Na fruta apetecida

Na vida, há tanto,

Já perdida.

Trago-te desde sempre

E eternamente te darei guarida

Não sei ser poeta

Não recito versos maravilhosamente

Trago-te em mim

Por teimosia.

Sei gostar de ti

Eterna companheira:

Amiga de nomes

E títulos diversos

Caixa de guardar (ad)versos

Chamada Poesia.

Valmir Abrantes
Enviado por Valmir Abrantes em 27/03/2013
Reeditado em 28/03/2013
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