flor desambientada

e o barco vencido se alterou dentro

do casco impuro e lá no submundo,

fez guerra e amor, inudou-se de precaução

e fez de escudo a crosta que lhe fazia sombra;

os marinheiros eram surto e pavor, e dentro

do objeto plasmado era dor e traição, e coisas

belas e solitárias morriam no seu degredo;

apuro era mundo, sensação era clima;

e tudo não era tudo, algo despontava a cada solidão

vivida, a cada dor assumida, e vilas e ruas pipocavam,

antes escondidas e ou em cordas bramidas.

a cada queda, uma flor desambientada falava

o seu nome