vida de merda

corto-te as asas

corto-te os sonhos

e dos teus braços

já não faço camisa

ou descanso, porque

e aos meus olhos

tua música é triste

o teu coração férreo

bate no meu rosto

( já não te vejo no

mistério)

sinto no teu rio

um assunto raso

(casca de sortilégios)

assim eu me acordo

e das tuas algemas

eu faço troça, dou

alguns passos e atravesso

a dimensão dos que alimenta

quimeras

e deixo essa dimensão para os

bobos, para os que gostam

de uma vida de merda

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 22/03/2013
Reeditado em 22/03/2013
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