Na Estação
Uma mulher em seda dourada
No encontro e desencontro se revela
Esfinge com aroma de paixão
Na estação os véus ali dissipa
As sombras lilases que projeta.
Na intimidade alma em evolução
A ilusão eras daquele sítio
É a inquietude que sorri
Revela os mistérios da tarde
Lânguida do outono de Maio.
Na linguagem do corpo dança
Síntese de folhas róseas
No climatério segredos do desejo
O néctar surge nos poros sutis
É a fome de odores silvestres.
No corpo que oferta entregas
Ao viajar pelos universos
De estrelas diamantes sonhos
Que vinham e se voltam ao sol
Na sedução que ela faz na estação.
Iára Pacini