Da Solidão Em Paz
O amor que eu sentia (e ainda sinto)
é o mesmo menino (hoje, amadurecido)
que já não age mais por puro instinto...
e sente o que (como agora) nunca foi sentido.
Que não necessita que esteja presente
quem já esteve e não estará jamais...
pois se basta a si mesmo somente
e só assim, sozinho, que se sente em paz.
Porque entre a paixão (que tanto lhe sorriu...
mas, que também tanta lágrima trouxe)
e essa paz tão solitária, porém, doce
que (quando acompanhado) ele não sentiu...
o coração prefere esse vazio
que por tanto amor, é como se um vazio não fosse.
04-03-2013