ALDEIA DOS MILAGRES

Sou semente em terra boa

esperando chuva para brotar.

Sou a cantiga que entoa

para que a semente possa germinar.

Sou o silêncio que acalma,

quando o sol dá alma à plantação.

Sou a mão que colhe o fruto,

mas que à todo custo semeia o grão.

Sou a boca que consome,

quando vem a fome aporrinhar,

a mesma que reza aflita

e agradece quando a terra dá.

Sou o que sonha e ara a terra

para alimentar sua ilusão,

O que reza e pede chuva,

e realiza o sonho de uma nação.

Sou o que enxerga a beleza

do por do sol e da lua cheia.

Sou eu que vejo o mundo inteiro

sendo minha aldeia.

Sou o lavrador anônimo,

que põe comida em sua mesa.

Sou um matuto que ama, cuida

e respeita a mãe natureza.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 25/02/2013
Código do texto: T4159714
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