NAUS SEM RUMO

Vela

Branca

Vela

Que atrela

Meu

Mar

Aberto

Num singrar

Rumo

À cruz

Sem luz

Vaga luz

De tão incerta

Traduz

Um tão indizível

Sabor

Que amarga a papila

Da amante

Esquecida num baú

Fundo falso

De infausta glória

Dos clarões desfeitos

Honestamente

A morte foi um prêmio

Para este cadáver

Que

De tão indistinto

Poluiu meu recinto

Querendo viver

Cleo Ferreira
Enviado por Cleo Ferreira em 25/02/2013
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