Pelo avesso

Um dos fios que tecem minh’alma

Enroscou-se em algum lugar

Emaranhou todo o novelo ...

Um a um, com muita calma,

Fui tentar desemaranhar

Quando me vi, estava pelo avesso.

Vi-me presa numa jaula,

Sem ter nem o próprio ar,

Sem ter reflexo no espelho.

Vou voltar nessa estrada

Preciso me reencontrar

Tendo o fio, eu mesma teço.

Vou tecer de novo minh’alma

Metade vai voltar para seu lugar

Metade vai continuar pelo avesso.

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INTERAÇÃO DO POETA TONY BAHIA

A teia

Tu não escreves

és a teia

a aranha

que balbucia

por inseto

feito rendeira.

Faz a trama

e ama

como o fogo incendeia

Do verso

és inseto

parteira.

(Tony Bahia)

(OBRIGADA, TONY BAHIA, PELA INSPIRAÇÃO E SINTONIA! BEIJOS!)

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 25/02/2013
Reeditado em 10/06/2013
Código do texto: T4158146
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