castigo...
se eu não me mexer
se fingir que não vejo
talvez não doam e pereçam
minhas poesias e desejos...
se eu em estátua
em água verter-me
talvez salve meu sal
e cicatrize meus erros
mas se teimosas
minhas palavras, trairem-me
e arrepiarem meu ritmos
desmancharei-me em vida
num esquartejamento dos olhos
serei minha carrasca, meu deboche
e no riso que lambe o chão que piso
deitarei minha alma, sem rimas...