Quando ao sol expôs sua fome

Quando ao sol expôs sua fome

E os bichos que lhe eram ditames

O poeta, antes triste , vestiu-se

De outra roupa, que não fosse

Sufocante...

Passou-lhe pela cabeça, mil anos de solidão

Pisou em outro solo , de comida e perdão

Colou em suas paredes, cores mais amigas

Que nos seus poros se alinhou e lhe mostrou

uma narrativa, uma mais alegre,

que lhe falava da vida.

O poeta dançou um samba, desses de crioulo doido

Beijou uma rapariga, aquela de seus sonhos,

E foi sapateando, pelas ruas da infância e notou

Que tudo ali era nódoa e desconfiança, saltou

Esse muro e perdeu-se numa dança...

O poeta corre, o poeta ama

o poeta sente, o poeta descansa

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 22/02/2013
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