Latentes
Palavras correm
pra debaixo do tapete.
Latentes
Acendem e apagam
Desvanecem.
E se aparecem novamente
Olham para baixo
Dissimuladas.
Ao tocá-las, desvencilham-se,
São livres!
Depois furtam cor, furtam o sentido
que lhes dão, brincam
de esconde-esconde,
Andam na contramão.
Sinuosas, indiretas.
Ataviadas e irreconhecíveis
Sob o véu do poeta
Para ouvir o poema recitado, clique no link abaixo:
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/54062