o mundo invisível
À janela não passa
Somente o clarão
Que a pedra esfola
O vento que ama a folha
Que cria a brisa e que
No lago cantarola
( esse dia quente
que a terra assa
aquela flor que brilha
no penhasco
e as lamparinas devassas )
à sua esquadria
passa mil mazelas
Passa tragédias
e faunas de rancores
a janela não mostra;
mas quem a ver sente
que o dia lá de fora
apesar de belo e de
alegria amarela
sustenta horrores