Da Súplica

Não se assuste com essa súplica que faço

pois, como suplicante, sou quase um franciscano

que suplica por um simples abraço

para doa-lo, depois de torna-lo mais humano.

Se for teu, esse destino de doadora

e a sua doação também passar por mim,

quero sim, a sua asa protetora!...

agora que está seco o meu ninho de capim.

Mas, não me abrace se perceber, de repente,

que ao invés de um laço eu queira um nó...

pois, se for assim, eu precisarei ficar só

para descobrir quem (de fato) está carente :

se sou eu quem suplica verdadeiramente

ou se é ele, o auto-sentimento de dó.

16-02-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 21/02/2013
Reeditado em 10/12/2015
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