Cinza e Pó
Com a angústia surgida,
Vou vivendo a vida,
Com o trabalho cansado,
Sinto-me realizado.
Com a inveja dos que me rodeiam,
Focalizo objetivos que me norteiam
Com a falsidade sofrida,
solidifico na Rocha a minha vida.
Com as pedradas sentidas,
Tenho muitas convicções construídas.
Mas
Sem a certeza do amanhecer,
Vou levando o meu viver
Desatando da existência o nó
Lembrando que sou cinza e pó
E que sou novo a cada nascer do sol.
Vou correndo atrás do meu alvo
Sabendo que tudo é passageiro e finito.
Que a vida vaga no infinito
Vivemos num eterno agito.
Tendo uma certeza que somos da terra o pó.
Tudo passa como passa o sol
Rápido e sempre deixando marcas na pele.
E marcas do tempo sobre o rosto.
Somos cinza e pó.
Somos breves e céleres.
Quando findamos aqui
nos trasformamos em terra
e terra somos.
Cálamo de Poesia.
26.04.12