Do Solitário Fruto Maduro
Dói!... mas dói de um jeito tão doce...
e por um motivo tão profundamente puro...
que essa dor é como se fosse
o sol queimando a pele de um fruto maduro.
Um sentimento que atravessou a vida
amadurecendo entre tempestades de neve...
e que, agora, amadurecido (e sem nenhuma ferida),
está tão aquecido que, esfriar, não se atreve.
A luz solar desse dia tão procurado
(por mais que queime a ausência de agora)
já o reaqueceu tanto vida afora,
que, mesmo estando ausente o ser-amado,
o sentimento que está sendo queimado,
sorri pela noite gelada que foi embora.
17-02-2013