Do Solitário Fruto Maduro

Dói!... mas dói de um jeito tão doce...

e por um motivo tão profundamente puro...

que essa dor é como se fosse

o sol queimando a pele de um fruto maduro.

Um sentimento que atravessou a vida

amadurecendo entre tempestades de neve...

e que, agora, amadurecido (e sem nenhuma ferida),

está tão aquecido que, esfriar, não se atreve.

A luz solar desse dia tão procurado

(por mais que queime a ausência de agora)

já o reaqueceu tanto vida afora,

que, mesmo estando ausente o ser-amado,

o sentimento que está sendo queimado,

sorri pela noite gelada que foi embora.

17-02-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 18/02/2013
Reeditado em 10/12/2015
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