UMA LÁGRIMA...
Observo a vida pela janela da serenidade,
Solitário, penso no que já vivi, e observo
Cavalgando os corcéis alvos de nuvens,
Os raios solares absorvem os beijos
Úmidos do orvalho da noite...
Uma lágrima, lágrima dourada subiu ao céu,
Subiu ao céu e não queria cair; e dependurada
Apegou-se inteiramente numa estrela, e,
Foi devorada pela palidez da sua luz...
O coração solitário é uma ovelha,
No abismo imenso, contemplando o despenhadeiro
Que a saudade chama para o rebanho que não a quer...
A noite enrubesce tudo com seu manto escuro,
E me faz sonhar e sonhar, augurando a aurora ditosa,
O orvalho diamantino que banha as flores e que irão
Tremeluzir, rutilar aos albores da nova manhã de luz...