rito...
porque de erros em riste
marcham minhas letras
fúnebres, com caras e facas
de poucos amigos, riem...
não as censuro, faço
o mea culpa, absurdo
crer ainda nas palavras
que espasmam-se nuas
mergulhadas palavras
num tempo sem cura
numa crônica vazia
num verso sem rima
nessas palavras vadias
cega, enredo-me em punhais
não aos meus, sim aos teus,
mais vis, mais viscerais...
e acordo dependurada
num fio de entrelinhas
sem sóis, sem rimas
equilibrista em ruinas...
sem quandos ou porquês,
despeço-me de minhas letras
ao suicídio, mudas, caminham
sem eco, sem filhos e sem espelho...