Da Quase Dor
Há algo sombrio que machuca (vagamente)
como se não quisesse...mas, mesmo assim, fazendo...
com uma dor de quem não está doente
(que pensa que não sente), mas que está doendo.
Um sentimento misteriosamente prisioneiro
entre o passado morto e o futuro que não nasceu...
que parece sentir-se (em si mesmo) primeiro
e, só depois, que vem contar o que sofreu.
E a alegria, as vezes, fica calada
observando quando ele chega (silencioso)
com seu ar nenhum pouco pesaroso
apenas muito distante de uma risada.
E, de repente, ela olha e não vê nada...
e aquela ausência dói (tão grande é o gozo!).
08-02-2013