Nossas Perdas

Certo dia remexendo os baús da memória infantil

Lembrei da minha primeira cartilha que estudei.

Lembro bem do nome:”Novo Nordeste”

Ainda me lembro de passagens que decorei...

As quais nunca saíram da minha memória.

Mas em mudanças,perdi a minha cartilha .

Ficando só na memória.

Alguns textos,

E as figuras coloridas dos livros infantis.

Fui à internet em busca de alguma coisa,

Imagem que me lembrasse a cartilha

Mas não encontrei nada.

Enquanto procurava ,

Encontrei uma imagem da minha primeira tabuada.

Que estudei as quatro operações matemáticas.

Que bela imagem eu tive!

Quantas recordações das sabatinas.

Quantas palmatórias levei nas mãos!.

Foi um sofrimento necessário para a época.

Salvei nos meus arquivos.

É bom quando reavemos algo que perdemos.

Alguns conseguimos trazer à tona.

Como a tabuada.

Outros como a Cartilha “Novo Nordeste”

Não achamos mais.

Perdemos pra sempre.

Não há volta.

Na vida é assim

Nunca podemos ter tudo sempre.

Estamos sempre em busca de algo que nos satisfaça.

De algo que nos preencha o vazio.

Há sempre uma inquietação dentro de nós.

E muitas vezes reviramos o baú da memória.

E lá encontramos lembranças preciosas.

E também que nos fazem chorar.

De tristeza ou de saudade.

Muitas vezes aquela lembrança é algo que nos faltava.

Um pedaço de nós que caiu no processo de crescimento.

E nos completamos a cada dia.

Ao encontrar cada elo perdido.

Que julgamos importantes para nossa existência aqui.

Cálamo de Poesia

06.02.13

Cálamo de Poesia
Enviado por Cálamo de Poesia em 08/02/2013
Reeditado em 08/02/2013
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