Caduceu de Hermes Peregrino

Finco na terra o cajado

e em mim também.

Abraça-o duas serpentes

ascendentes, flamejantes.

Viajantes, vejam:

o peregrino recomeçou a jornada!

Caminhemos!

Nada mais importa

além de um passo após outro,

atravessar as portas

fechadas da alma.

Renascida esperança,

a reencontro em mim

como ao eu mesmo do fim,

ajudando a mim

a me reencontrar.

Entre as serpentes,

o cajado ereto.

Nele,

a flecha do ser alado,

impulsionada pelo arco,

arco-íris, esperança,

se lança ao infinito...

Que renasça em mim

o Deus Criança,

quando eu enfim alcançar a Arte

além da poesia!

Aquela Arte,

que se inicia e se finda

na beleza do equilíbrio

dos opostos reunidos em Um,

dos opostos de mim,

reunidos no eu

além do eu que penso ser.

Baco Diphues
Enviado por Baco Diphues em 04/02/2013
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