VAIDADE
Até onde pode nos levar nossa vaidade?
Em nossas vaidades,
construímos ídolos de cera, de celulose.
Ídolos midiáticos, de ilusões.
Ídolos que falem nossa linguagem
Que digam o que queremos ouvir
Somos lastimavelmente vaidosos
Apenas encenamos e saímos do palco
assim que o espetáculo termina,
sem máscaras.
Não brilhamos no nosso verdadeiro papel.
Quem vai gostar desta poesia?
Muitos dirão que é um poema cheio de amargura.
Quem gosta de apanhar na cara mesmo com luva?
Eu não.
E você?
Mas se não falei mal, por que me bate?
Afinal, não é tudo tão somente vaidade?
Ethel,18 de julho de 2012