MADRUGADA

Aos olhos simples são horas mortas.

Na intuição do poeta,

Sonhos libertos... rompem comportas!

Chegas assim, suavemente!

Como o toque de um anjo,

Percebo-te ao meu lado... presente!

Com ternura me acaricias docemente!

Compartilhas comigo a rota da madrugada,

E te recebo... amorosamente!

São horas lentas de noites vazias!

Tua imagem tênue se esvai,

Na ciranda das horas fugidias!

Partes assim tal qual chegastes!

Num sonho bom, mansamente,

A minha alma cativastes!

Mas é chegada a hora de partir!

Olho o horizonte, diviso o nada,

É madrugada... preciso ir!

Mara Inez-LasLuces

Março/2007